A Reforma tributária IBS/CBS continua avançando no país, mas um ponto importante do processo foi ajustado: o governo decidiu adiar a validação automática dos novos campos de IBS e CBS nas notas fiscais. Embora essa mudança ofereça mais tempo de adaptação para as empresas, ela não elimina a responsabilidade de cumprir as exigências da nova tributação. Dessa forma, compreender o que realmente muda — e o que permanece obrigatório — é essencial para evitar problemas futuros.
Por que o adiamento aconteceu?
A decisão surgiu porque empresas, contadores e fornecedores de software ainda enfrentam dificuldades para adaptar sistemas, ajustar cálculos e revisar leiautes de emissão. Além disso, muitos negócios ainda estavam em fase inicial de testes, o que colocaria em risco a operação fiscal de milhares de empresas a partir de 2026.
Entre os motivos do adiamento, destacam-se:
- Necessidade de atualizar NF-e, NFC-e, NFS-e e CT-e
- Ajustes técnicos complexos nos cálculos e regras da nova estrutura
- Integração dos campos de IBS/CBS aos ERPs e módulos fiscais
- Falta de tempo hábil para homologação e validação dos ambientes
Consequentemente, a rejeição técnica das notas foi adiada, evitando que empresas deixem de faturar devido a falhas de sistema.
O que muda na prática?
Com o adiamento, as notas fiscais sem IBS/CBS não serão rejeitadas automaticamente durante este período de transição. Contudo, isso não significa que a obrigação tenha sido suspensa. Muito pelo contrário: as empresas devem continuar preenchendo os novos campos, pois o fisco seguirá monitorando a adaptação do mercado.
Além disso:
- O governo usará este período para identificar inconsistências
- Novas atualizações poderão surgir ao longo do ano
- A validação técnica retornará futuramente, com rejeição automática
Ou seja, o adiamento reduz a pressão imediata, mas não elimina a necessidade de preparação, reforçando a importância de acompanhar de perto a Reforma tributária IBS/CBS.
Para acompanhar mudanças oficiais, notas técnicas e novas validações da NF-e relacionadas à Reforma tributária IBS/CBS, as empresas podem consultar o Portal da Nota Fiscal Eletrônica, que centraliza todas as atualizações sobre leiautes e regras de emissão:
O que as empresas devem fazer agora: passos essenciais
Embora a rejeição automática tenha sido adiada, a preparação continua sendo indispensável. Afinal, quando a validação retornar, empresas que não estiverem prontas poderão enfrentar erros, atrasos e até paralisação de faturamento.
1. Atualizar o sistema de emissão de notas
Seu ERP ou sistema fiscal precisa:
- Preencher automaticamente IBS e CBS
- Validar XML conforme novos leiautes
- Integrar cálculos conforme a Reforma
2. Realizar testes de emissão
Os testes ajudam a:
- Identificar falhas com antecedência
- Evitar inconsistências entre setores
- Ajustar regras fiscais internas
3. Revisar cadastros fiscais
Campos como NCM, CFOP, CST e natureza de operação devem estar atualizados. Dessa forma, a empresa evita cálculos incorretos, divergências e retrabalho.
4. Treinar equipes
Faturamento, contabilidade e fiscal precisam entender:
- Onde IBS/CBS aparecem
- Em quais operações são aplicados
- Como interpretar avisos e alertas do sistema
5. Acompanhar notas técnicas e comunicados
Como a Reforma está evoluindo, novas orientações surgirão. Manter-se atualizado garante conformidade e segurança operacional.
Por que a automação fiscal será indispensável
Com a Reforma tributária IBS/CBS, processos manuais se tornam arriscados. Além disso, a complexidade do novo modelo exige precisão. Assim, empresas que investem em automação garantem:
- Preenchimento automático dos campos
- Atualizações tributárias contínuas
- Validação prévia do XML
- Alertas instantâneos de erro
- Relatórios adaptados ao novo modelo
Portanto, automatizar não é apenas uma escolha tecnológica, mas uma estratégia para evitar interrupções e garantir segurança tributária.
Riscos de não se preparar agora
Mesmo com o adiamento, empresas que deixarem a preparação para depois podem enfrentar:
- Rejeições futuras quando a validação voltar
- Cálculos incorretos de IBS/CBS
- Inconsistências em auditorias
- Perda de créditos fiscais
- Paralisação de faturamento
- Retrabalho contábil e operacional
Todos esses pontos reforçam que a preparação antecipada é a única forma de evitar impactos diretos no fluxo financeiro.
Conclusão: o adiamento é apenas uma oportunidade, não uma pausa
O governo adiou a rejeição automática, mas a Reforma tributária IBS/CBS continua avançando. A obrigação legal de informar os novos tributos permanece, e a validação técnica retornará em breve.
Portanto, o momento ideal para se preparar é agora. Empresas que atualizam seus sistemas, treinam suas equipes e testam processos garantem muito mais segurança quando a nova fase tributária entrar em vigor.
A transição está em andamento — e quem se organiza antes sempre tem vantagem.


